A falta de informações e a aflição dos familiares do pescador Jhon Ribeiro, de 29 anos, que desapareceu após sofrer um acidente marítimo no mar da Baía de Guanabara, na altura do Barreto, na Zona Norte de Niterói, na noite desta segunda-feira (3), foram traduzidas em desespero no local das buscas na manhã desta quarta-feira (5).
A família cobra das autoridades informações, já que se sente abandonada tendo que acompanhar, de um quiosque, localizado às margens do local do incidente, o trabalho de buscas do Corpo de Bombeiros e também da Marinha.
'É uma aflição muito grande, a gente olha para o mar e espera respostas. Não é possível não ter respostas nesse momento. Eles não chegam até a gente, estamos acompanhando pelos jornais", disse a mãe
Patrícia aproveitou para agradecer as orações que estão sendo realizadas de diferentes parte do pais. "Muitas pessoas estão falando comigo por mensagem. Tem pessoas de outros estados formando uma corrente de oração pelo meu filho", contou.
Muitas das vezes as informações chegam de forma desencontrada, e em alguns casos são falsas. Como foi o que aconteceu no início da tarde desta terça-feira (4), familiares receberam a informação de que havia um corpo em um rio próximo da comunidade Buraco do Boi, mas quando chegaram ao local eles confirmaram que se tratava de uma boia.
Já na manhã desta quarta-feira (5), a família foi informada que as buscas teriam sido encerradas. O Enfoco procurou o Corpo de Bombeiros que esclareceu que as buscas continuam e que teve início às 6h50 com apoio de mergulhadores do quartel da Barra da Tijuca e aeronaves.
Os parentes acreditam que, como a maré está cheia, Jhon já não esteja mais no local onde as equipes estão realizando as buscas.
“A gente já não está mais aguentando, é uma dor muito forte. Eles têm que procurar no canal, eles só estão focados naquele ponto desde ontem. Como a maré está cheia, ele pode ter sido arrastado para o canal”, disse Juliana Marques, tia do rapaz.
Como não estão recebendo notícias das autoridades, familiares estão se dividindo e realizam buscas em hospitais da região. Por volta das 12h desta quarta, um grupo retornou para o local das buscas e informaram que não o encontraram em nenhuma unidade de saúde.
Sobre o prazo das buscas e a falta de informação alegada pela família do motorista, o Corpo de Bombeiros foi questionado e até o momento não enviou respostas.
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